A técnica de enfermagem acusada de esconder um corpo dentro da geladeira em um apartamento localizado no Bairro Suíssa, Zona Sul de Aracaju, passou por audiência de custódia e teve prisão preventiva decretada nessa quinta-feira (21).
Segundo a decisão do juiz Thiago Dias Peixoto, que acatou um pedido da defesa, a mulher foi encaminhada para uma avaliação psiquiátrica no Hospital São José e levado ao Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico de Sergipe, onde fica detida à disposição da justiça.
Mais cedo, ela confessou que havia encontrado a vítima morta ao sair para trabalhar em 2016 e colocou o corpo na geladeira por medo, mas negou qualquer envolvimento com sua morte.
Nós tivemos informações de quem poderia ser a vítima. A presa confessou quem seria a pessoa e que teria tido um relacionamento amoroso com ele, mas ainda vão ser feitos exames periciais para comprovar se é a real identidade.
disse a delegada Roberta Fortes.
O homem estava em avançado estado de decomposição e foi descoberto por oficiais de justiça durante uma ação de despejo. Na ocasião, a mulher foi encontrada em um dos cômodos, desacordada e sangrando. Ela teria atentado contra própria vida após saber que seria despejada.
A filha dela, de 4 anos, estava assistindo um vídeo no celular e foi retirada pelo Conselho Tutelar, sendo acolhida por familiares.
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) instaurou inquérito para identificar a identidade da vítima, as circunstâncias da morte e autoria do homicídio. As investigações contam com as perícias dos institutos de Criminalística (IC), de Análises e Pesquisas Forenses (IAPF) e Médico Legal (IML), vinculados à Polícia Científica.
Maus-tratos
Além de ser indiciada por ocultação de cadáver, a profissional da saúde está sendo acusada de praticar maus-tratos contra a criança, uma vez que o apartamento estava em situação de insalubridade, com muitos objetos espalhados e entulhados.
“Tinha mau cheiro do apartamento por ter muito lixo. Mas, os vizinhos disseram que o mau cheiro do corpo não era sentido”, disse a delegada Roberta Fortes.