Escola da rede estadual de ensino promove evento em alusão ao Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência

Uma tarde de acolhimento às famílias e de discussão sobre os direitos das pessoas com deficiências. Foi nesse ambiente de muito amor, cuidado e carinho que transcorreu a atividade alusiva ao Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência, instituído pela Lei nº 11.133/2005 e comemorado nesta quinta-feira, 21 de setembro, na Escola Estadual Augusto Maynard, em Aracaju. Atualmente, a unidade escolar contabiliza 222 crianças matriculadas entre o 1º e o 5º anos do ensino fundamental, sendo que destas 71 crianças têm algum tipo de deficiência.

No auditório da escola, a técnica pedagógica do Setor de Planejamento do Ensino da Direção de Educação de Aracaju (Seplen/DEA), Ivanira Rodrigues, conversou com mães e pais sobre a importância de a escola e a família andarem de mãos dadas na formação educacional das crianças com deficiência. “Nosso objetivo é mostrar o quanto as crianças ganham quando a escola e a família trabalham de mãos dadas. Todo o processo formativo da criança é importante. A família contribui com a formação de valores que são trazidos de casa e a escola tem um compromisso com o processo de aprendizagem, então essa parceria é fundamental para superarmos as dificuldades e as limitações, sempre em busca da autonomia deste indivíduo em formação”, comenta.

Para Saryane dos Santos Gomes, mãe de um aluno com Transtorno do Espectro Autista (TEA), atividades dessa natureza sempre são muito bem-vindas. “Eu fui convidada pela escola a participar desse evento, onde pudemos compartilhar experiências com mães, tirar dúvidas com os professores e compreender melhor como podemos ajudar a escola no processo de formação dos nossos filhos. Saio daqui muito feliz e grata pela oportunidade”, diz a mãe.

Enquanto isso, na biblioteca da escola, o pedagogo Osmário Alves Figueiredo Jr. desenvolvia uma atividade lúdica com todas as turmas escolares para falar da importância de se ter respeito à diversidade. “Nosso intuito é de levá-los a discutir sobre o respeito à diversidade, e foi bastante agradável a atividade. Eu senti um retorno bem interessante, pois todas as crianças participaram empenhadamente”, destaca.

Na avaliação de Vinícius Santana de Jesus, aluno do 5º ano do ensino fundamental, a experiência com os colegas foi muito bacana. “Eu gostei muito de fazer essa atividade com o tio Osmário, porque a gente aprendeu coisas muito legais sobre a importância de se ter respeito por todas as pessoas”, conclui o aluno, que convive com o TEA. 

Educação inclusiva

A matrícula de alunos que fazem parte do público da Educação Especial da Rede Estadual de Ensino de Sergipe tem aumentado nos últimos anos, resultado de uma política educacional inclusiva que permite o acesso, a permanência e o desenvolvimento do aluno. De acordo com o censo de 2022, a rede estadual de ensino de Sergipe conta com a matrícula de 3.926 estudantes públicos da Educação Especial em salas de inclusão, ou seja, sala de ensino regular, e 1.624 estudantes matriculados em nossas salas de recursos multifuncionais.

O trabalho pedagógico realizado nas 127 Salas de Recursos Multifuncionais (SEM) é oferecido de forma complementar ou suplementar à escolarização, no contra turno da matrícula do ensino regular. Além dos atendimentos nas SRM, a Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc) oferta aos estudantes com deficiência intelectual e autistas o acompanhamento pedagógico, por meio dos profissionais de Apoio Escolar II. Ao todo, são 473 profissionais de Apoio Escolar II e 271 profissionais de Apoio Escolar trabalhando nas escolas da rede estadual de ensino de Sergipe

“Considerando as necessidades básicas dos alunos, disponibiliza-se também dos serviços executados pelos profissionais de Apoio Escola I, que desenvolvem atendimento aos alunos público alvo da Educação Especial, que necessitem de apoio no âmbito da alimentação, higiene, locomoção”, afirma a coordenadora do Serviço de Educação Inclusiva (Seinc/Seduc), Lilian Alves.

Na Educação de pessoas surdas, a Seduc oferta o atendimento dos Instrutores de Língua Brasileira de Sinais (Libras), que são professores surdas formados em Letras Libras e ensinam a Libras como primeira língua – L1 aos estudantes surdos matriculados nas salas de recursos multifuncionais. Além disso, tendo como foco ampliar o atendimento ao estudante surdo na rede estadual de ensino de Sergipe, mantém-se ainda um Termo de Fomento com o Instituto Pedagógico de Apoio à Educação do Surdo de Sergipe – IPAESE, que oferta a educação bilíngue, com capacidade para atender até 80 educandos.

Por fim, com o objetivo de oferecer uma educação equitativa e de qualidade aos estudantes da Educação Especial, a Seduc firmou parceria, por meio de Termo de Fomento, com o Centro de Integração Raio do Sol – Ciras, com capacidade para atender cem alunos com alto e/ou médio comprometimento.

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